Investimento no Parque Escolar de Marvão
Atualizado em 27/03/2018Atualizado em 27/03/2018
O Município informa que ainda não tomou qualquer decisão, relativamente a eventuais alterações no Parque Escolar do concelho, encontrando-se, neste momento, a recolher toda a informação, assim como a avaliar vantagens e desvantagens, para os alunos e população, no sentido de vir a ser tomada a melhor decisão.
No próximo dia 4 de abril, o Município vai reunir com a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGestE), em Évora, com o intuito de esclarecer toda esta situação, tendo sempre presente o superior interesse da população estudantil de Marvão, assim como de todos os marvanenses.
Para o dia 11 de abril está também agendada uma reunião do Conselho Municipal de Educação, onde vão ser apresentados os resultados da reunião na DGestE, de forma a que seja tomada uma decisão final.
Este processo foi desencadeado após o Município de Marvão, em conjunto com o Agrupamento de Escolas de Marvão, terem verificado a necessidade de construção de um pavilhão desportivo adequado às atuais exigências programáticas da disciplina de Educação Física, no qual pudessem ser praticadas todas as modalidades desportivas curriculares, com a devida qualidade que se exige.
Apesar de, em primeira instância, a obrigação de construir este equipamento ser do Ministério da Educação, o Município de Marvão optou por fazer um esforço financeiro, com um peso significativo para as nossas possibilidades, no sentido de ir ao encontro das necessidades da comunidade educativa, em geral, e da referida disciplina, em particular.
Perante o referido, o executivo reuniu com a DGEstE, com o intuito de encontrar formas de apoio à construção do pavilhão na Escola Sede do Agrupamento de Escolas de Marvão – Escola de Ammaia (Portagem) e assim, aproveitar, de forma eficaz, o apoio financeiro que está garantido para o concelho de Marvão e que está muito aquém das nossas necessidades.
Depois de analisados os grandes objetivos desta intervenção, foi proposto ao Município, pelos técnicos DGEstE, o seguinte: Paralelamente à construção do pavilhão, fosse realizada uma restruturação de fundo em toda a Escola, no sentido de a dotar das melhores condições, ao nível de todas as infraestruturas de ensino, coadunadas com os pressupostos de uma Escola moderna, proporcionando, assim, uma melhor qualidade de ensino aos alunos do 2º e 3º ciclo.
Esta restruturação implica, por exemplo, a criação de um novo laboratório, capaz de proporcionar a realização de todas as experiências, acesso a todos os materiais adequados, assim como, existirem as imprescindíveis condições de segurança no novo espaço; de um novo espaço de informática, designado para as aulas de TIC com maior qualidade; de uma biblioteca onde sejam oferecidas as devidas condições de estudo com todas as comodidades adequadas ao espaço; de um elevador, para que a Escola tenha as condições de acessibilidade adequadas a todos os alunos, tornando-a, desta forma, numa Escola inclusiva.
Fruto desta remodelação, sugerida pela DGEstE, a Escola destinar-se-ia, unicamente, aos alunos do 2º e 3º ciclo, dada a requalificação ser dirigida a estes escalões etários, tendo em consideração a composição das unidades didáticas previstas para os ciclos em causa. Para além do mencionado, com as obras previstas, todos as salas seriam ocupadas, não existindo espaço para o 1º ciclo.
Neste contexto, centrar-se-ia todo o 1º ciclo na Escola Dr. Manuel Magro Machado, em Santo António das Areias, e o 2º e 3º ciclo na Escola de Ammaia, na Portagem.
Com a passagem do 1º ciclo para a Escola Dr. Manuel Magro Machado, seriam criadas as condições adequadas a este nível de ensino, e surgiria a hipótese de se criarem apenas 4 turmas, uma de 1º ano, uma de 2º ano, uma de 3º ano e uma de 4º ano, levando, naturalmente, a um desejado aumento na qualidade de ensino.
É de salientar que, neste momento, em cada uma das Escolas existem turmas de diferentes anos juntas. Na Escola Dr. Manuel Magro Machado, o 1º ano está junto ao 4º ano, e o 2º ano está junto com o 3º ano. Já, na Escola de Ammaia, o 1º ano tem aulas em conjunto com o 2º ano e o 3º com o 4º ano.
Podendo vir a juntar os meninos de ambas as Escolas, estamos certos de que isso traria uma competição saudável, oferecendo às aulas dos docentes uma maior dinâmica de aprendizagem, levando a que o desenvolvimento e o aproveitamento fosse maior.
Ao mesmo tempo que, para os alunos, existirá uma estabilidade maior, uma vez que, apenas socializavam entre si, quer em contexto de aulas, quer em contexto de atividades livres, nos espaços exteriores, ficando à margem de eventuais constrangimentos com meninos de 2º e 3º ciclos.
Por outro lado, em Santo António das Areias, seriam também criadas condições para a prática da atividade física e desportiva, numa sala de aula que se disponibilizaria para o efeito e, ao contrário do que acontece agora, os alunos não se teriam que se deslocar para o pavilhão, que se encontra a cerca e 1km de distância e sob condições climatéricas por vezes adversas.
Esta foi, apenas, uma proposta da DGEstE, mas que nos pode permitir antecipar aquele que será o pior dos cenários, onde se prevê que a Escola Dr. Manuel Magro Machado venha a ser encerrada, num curto espaço de tempo, trazendo um impacto extremamente negativo para a aldeia de Santo António das Areias, pelos despedimentos que tal medida poderia causar e que a todo o custo e dentro das possibilidades da Câmara, queremos evitar.
No entanto, sabemos que não será fácil implementar esta proposta, tendo em consideração que os meninos da parte sul do concelho, ter-se-iam que deslocar para uma Escola que se encontra a 8 km de distância, podendo surgir alguns constrangimentos, principalmente no que diz respeito ao nível dos horários dos transportes, situação que, a verificar-se, terá sempre solução por parte da autarquia.