11º Festival Internacional de Música de Marvão de 18 a 27 de julho
Atualizado em 15/07/2025Atualizado em 15/07/2025
O Festival Internacional de Música de Marvão (FIMM) está de regresso, de 18 e 27 de julho, para a sua 11ª edição, onde se esperam mais de 15 mil visitantes.
Nesta celebração da música clássica e do património, num dos cenários mais inspiradores de Portugal, são propostas quase 40 atividades, ao longo de 10 dias, incluindo concertos, ensaios abertos, eventos para crianças, exposições de arte e visitas guiadas.
Estas iniciativas procuram enriquecer a experiência dos visitantes, valorizando os recursos naturais, culturais e patrimoniais de Marvão e do Parque Natural da Serra de São Mamede, em articulação com uma vasta rede de parceiros locais e internacionais.
Depois de uma edição histórica em 2024, marcada pela estreia da primeira ópera de produção própria no castelo de Marvão, o Rapto do Serralho, de Mozart, o FIMM inicia a sua segunda década com uma proposta simultaneamente íntima e ousada, com programação quase inteiramente dedicada à música de câmara.
Mantém-se, no entanto, a estrutura de sucesso entretanto criada, com os concertos ao ar livre, ao final da tarde, no Pátio do Castelo, bem como durante o dia e à noite, em locais emblemáticos como Igrejas, a Cisterna e as ruínas da cidade romana de Ammaia. Alguns destes eventos serão, como habitualmente, de acesso gratuito.
A música de câmara, com o seu fôlego partilhado entre intérpretes (muitos deles reunindo-se pela primeira vez), a proximidade com o público e a escala humana das obras, intensificada pela natureza dos espaços em que têm lugar, será o centro da programação. Escutar os quartetos de Beethoven, as sonatas de Debussy ou os duos de Schönberg é entrar num mundo de detalhe e intensidade onde nada é supérfluo.
Ao longo de dez dias, o Festival oferece “retratos” de 25 compositores, reunindo os grandes nomes do cânone europeu (Tchaikovsky, Ravel, Brahms), importantes figuras femininas da composição muitas vezes esquecidas (Lili e Nadia Boulanger), criadores contemporâneos como Wolfgang Rihm e Luís Tinoco (prémio pessoa 2024), e autores ligados ao silêncio e à dissonância, como Webern e Pärt, entre outros que desafiam qualquer categorização convencional.
Um dos destaques será a evocação de Wolfgang Rihm, num programa em sua homenagem, quando decorre exatamente um ano após a sua morte.
O FIMM continua também a abrir-se a novos públicos e linguagens. A programação inclui a Noite de Jazz BPT | Fundação “la Caixa” – Maria João & Mário Laginha, e um concerto de fado com Ana Margarida Prado, em cenários únicos como as ruínas romanas de Ammaia e a Cisterna do Castelo.
Entre muitos outros destaques, contam-se o concerto especial de Christoph e Julian Prégardien, pai e filho, que protagonizam um raro momento de intimidade vocal, e uma nova edição do projeto participativo do Coro do Festival, sob a direção do maestro Pedro Teixeira.
Muitos dos concertos serão integralmente gravados e, tal como em 2024, disponibilizados posteriormente na plataforma de streaming gratuita ‘CaixaForum+’.
A programação paralela inclui a exposição de Tapeçarias de Portalegre, na Igreja de Santiago e uma instalação artística de Vasco Araújo, na torre de menagem do Castelo, com o apoio da coleção António Cachola, e em parceria com o Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE).
Os bilhetes para o FIMM dão acesso gratuito ao Museu de Arte Contemporânea de Elvas, durante um ano, e também, à cidade romana da Ammaia e ao seu Museu, até ao final do mês de setembro de 2025.