O Periferias – Festival Internacional de Cinema de Marvão e Valencia de Alcántara regressa de 8 a 16 de agosto, para voltar a transformar, como em cada verão, o território rural da raia luso-espanhola num espaço vivo de encontro entre o cinema, a arte, a música e o património cultural.

A 13ª edição do certame, apresentado dia 16 de julho, em Mérida, tem como objetivo “aproximar a história e a cultura cigana, além de reconhecer as contribuições do povo cigano à sociedade, através das artes cénicas e audiovisuais”, através do cinema e da música.

A conferência de imprensa contou com as intervenções de Victoria Bazaga (conselheira de cultura da Junta de Extremadura), Manuel Candalija (deputado de cultura da Diputación de Badajoz), Elisabeth Martín (deputada de turismo da Diputación de Cáceres), Alberto Piris Guapo (alcalde de Valencia de Alcántara), Paula Trindade (vereadora do Município de Marvão), e de Paula Duque Giraldo (diretora do certame).

Esta mostra cinematográfica, que teve início em 2013, como uma iniciativa cidadã, pretende contribuir para uma verdadeira descentralização cultural, através da exibição de cinema documental e de autor, com uma seleção de títulos (longas-metragens, documentários e animações), em espanhol e português, que representam o melhor da sétima arte internacional, com especial atenção aos direitos humanos, ao ambiente, à arte e à cultura.

Entre as escolhas anunciadas estão, por exemplo, o documentário “Chaplin, espírito cigano” (2024), de Carmen Chaplin, sobre a herança cigana do ator britânico, o filme “A guitarra flamenca de Yeray Cortés”, do madrileno Antón Álvarez (C. Tangana), e “Entrelaçadas pela interseccionalidade”, do Coletivo Cala.

A abertura oficial está agendada, como habitualmente, para o Castelo de Marvão, no dia 8 de agosto, com a projeção dos filmes “Amazónia Vermelha”, de Felipe Brêtas, e “O Último Azul”, de Gabriel Mascaro. A noite termina com um concerto onde Miguel Monteiro (viola), Nuno Cirilo (guitarra portuguesa) e Dina (voz) vão conduzir o público numa viagem musical entre Portugal e o Brasil.

Já a gala de encerramento, onde vai ser entregue o Prémio ‘Tajo/Tejo Internacional, Reserva da Biosfera’, realiza-se em Salorino, a 16 de agosto.

Ao longo das suas doze edições anteriores, o Festival Periferias já marcou presença em locais emblemáticos da fronteira luso-espanhola, como Marvão, Valencia de Alcántara, Castelo de Vide, Brozas, Salorino, San Vicente de Alcántara, Santo António das Areias, Porto da Espada, Beirã, La Fontañera, Galegos, Ammaia, Malpartida de Cáceres, Arronches e Portalegre, reunindo mais de 45 mil pessoas.